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Nem todo silêncio é ausência.
Nem toda distância é esquecimento.
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sexta-feira, 26 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
Uma quase oração
Vamos jogar açúcar e confetes!
Trazer à tona a doçura do coração!
Esquecer que somos razoáveis e espalhar o hedonismo!
Concluir todas as frases com pontos de exclamação!
Abraçar os amigos, beijar as mães, beijar as filhas!
Beijar os homens e rir de seu constrangimento!
Rir frouxo e alto das próprias carências e limitações!
Acender as velas e dar a mão aos anjos, dedicar os livros, escrever atrás das fotos!
Cuspir pra cima, no prato que se comeu,atirar pedras em telhados de vidro, brincar com fogo, cutucar a onça com a vara curta!
Vamos apostar alto, rasgar as cortinas, abrir as janelas, apagar as luzes, fazer sexo livre!
Pisar na areia, beber de bica, tomar sorvetes de todos os sabores!
Botar outra coberta na cama, acender a lareira, esticar os ossos!
Bocejar alto e gritado!
Mandar dúzias de rosas vermelhas!
E depois mais duas dúzias!
E quantas mais!
Vamos enquanto podemos, enquanto duvidamos, porque jamais teremos certeza.
Fazer uma trilha, subir a montanha, andar de bicicleta, congelar nas cachoeiras, confortar-nos ao sol!
Vamos aceitar os empregos, mudar de carreira, trocar de lugar!
Vamos dormir na casa dos amigos, desatar os nós, desfazer os enganos!
Mudar de nome, de apelido, de costumes!
Vamos pedir atenção, pedir colo, dar o braço a torcer!
Vamos jogar açúcar e confetes!
Vamos espalhar a doçura do coração!
Trazer à tona a doçura do coração!
Esquecer que somos razoáveis e espalhar o hedonismo!
Concluir todas as frases com pontos de exclamação!
Abraçar os amigos, beijar as mães, beijar as filhas!
Beijar os homens e rir de seu constrangimento!
Rir frouxo e alto das próprias carências e limitações!
Acender as velas e dar a mão aos anjos, dedicar os livros, escrever atrás das fotos!
Cuspir pra cima, no prato que se comeu,atirar pedras em telhados de vidro, brincar com fogo, cutucar a onça com a vara curta!
Vamos apostar alto, rasgar as cortinas, abrir as janelas, apagar as luzes, fazer sexo livre!
Pisar na areia, beber de bica, tomar sorvetes de todos os sabores!
Botar outra coberta na cama, acender a lareira, esticar os ossos!
Bocejar alto e gritado!
Mandar dúzias de rosas vermelhas!
E depois mais duas dúzias!
E quantas mais!
Vamos enquanto podemos, enquanto duvidamos, porque jamais teremos certeza.
Fazer uma trilha, subir a montanha, andar de bicicleta, congelar nas cachoeiras, confortar-nos ao sol!
Vamos aceitar os empregos, mudar de carreira, trocar de lugar!
Vamos dormir na casa dos amigos, desatar os nós, desfazer os enganos!
Mudar de nome, de apelido, de costumes!
Vamos pedir atenção, pedir colo, dar o braço a torcer!
Vamos jogar açúcar e confetes!
Vamos espalhar a doçura do coração!
quarta-feira, 17 de março de 2010
Crepúsculo
Essa semana assisti Crepúsculo.
Como sempre faço, espero passar o frisson desses lançamentos muito badalados para poder assistí-los mais tarde, quando toda sorte de comentários já foram feitos e , geralmente, já está sendo lançada a versão II, III ou IV de cada título.
(Lembro que quando assisti Titanic, Leonardo di Caprio já tinha feito mais uns dois ou três outros filmes...rs)
Em Crepúsculo, os atores são lindos, o que por si só já serviria para mim como justificativa, afinal, é pura diversão, certo? Ninguém espera tirar grandes lições filosóficas de um filme de vampiros.
Mas aí que está!
O filme falou para mim o tempo todo em aceitação das diferenças!
Em sedução pelas diferenças, em superação das diferenças.
A atmosfera chuvosa e meio cinzenta da locação é linda, deliciosamente melancólica, faz pensar que há pessoas que gostam disso, que preferem mesmo fugir do sol eterno, que há um lado de nós que é mesmo indoor , intimista, mais observador, que isso não nos deixa taciturnos, nem tristonhos. Há "dias de chuva" na vida de todos nós, afinal. É nos dias de chuva que os livros são mais lidos, que os cafés são mais aromáticos e os gatos são mais quentinhos. Nos dias de chuva um bom filme no DVD nos põe a pensar...
No filme, os "diferentes" são os vampiros, claro, o que poderia ser mais incomum?
Mas são diferentes não porque viram poeira se expostos ao sol, ou cospem fogo quando mordem um dente de alho.
São diferentes porque fizeram escolhas que vão contra sua própria natureza sobrenatural e vivem de acordo com suas convicções, apesar do que ela possa custar.
Há muito o que pensar sobre isso.
Em momento algum o protagonista esconde da mocinha sua natureza, chega a temer por ela e mesmo a alertá-la sobre si mesmo, sua fúria, ainda que controlada, não foi negada.
E ela, diante da verdade, teve a nobre opção da escolha.
Para mim, aí, nesse ponto, o filme ganhou pontos.
Não negar nossas fúrias, nem nossa natureza qualquer que seja ela, mas olhar de frente e saber fazer suas escolhas. Responder por elas, saber que perde-se e ganha-se de todos os lados, como vampiros ou vítimas, tanto faz.
Não esconder do outro quem somos nós, mas polir, lapidar e aceitar que pedra não se comporta como madeira, nem o fogo é como a água.
Nem vampiros são humanos, e, no caso de Crepúsculo, nem desejam mesmo ser.
Como sempre faço, espero passar o frisson desses lançamentos muito badalados para poder assistí-los mais tarde, quando toda sorte de comentários já foram feitos e , geralmente, já está sendo lançada a versão II, III ou IV de cada título.
(Lembro que quando assisti Titanic, Leonardo di Caprio já tinha feito mais uns dois ou três outros filmes...rs)
Em Crepúsculo, os atores são lindos, o que por si só já serviria para mim como justificativa, afinal, é pura diversão, certo? Ninguém espera tirar grandes lições filosóficas de um filme de vampiros.
Mas aí que está!
O filme falou para mim o tempo todo em aceitação das diferenças!
Em sedução pelas diferenças, em superação das diferenças.
A atmosfera chuvosa e meio cinzenta da locação é linda, deliciosamente melancólica, faz pensar que há pessoas que gostam disso, que preferem mesmo fugir do sol eterno, que há um lado de nós que é mesmo indoor , intimista, mais observador, que isso não nos deixa taciturnos, nem tristonhos. Há "dias de chuva" na vida de todos nós, afinal. É nos dias de chuva que os livros são mais lidos, que os cafés são mais aromáticos e os gatos são mais quentinhos. Nos dias de chuva um bom filme no DVD nos põe a pensar...
No filme, os "diferentes" são os vampiros, claro, o que poderia ser mais incomum?
Mas são diferentes não porque viram poeira se expostos ao sol, ou cospem fogo quando mordem um dente de alho.
São diferentes porque fizeram escolhas que vão contra sua própria natureza sobrenatural e vivem de acordo com suas convicções, apesar do que ela possa custar.
Há muito o que pensar sobre isso.
Em momento algum o protagonista esconde da mocinha sua natureza, chega a temer por ela e mesmo a alertá-la sobre si mesmo, sua fúria, ainda que controlada, não foi negada.
E ela, diante da verdade, teve a nobre opção da escolha.
Para mim, aí, nesse ponto, o filme ganhou pontos.
Não negar nossas fúrias, nem nossa natureza qualquer que seja ela, mas olhar de frente e saber fazer suas escolhas. Responder por elas, saber que perde-se e ganha-se de todos os lados, como vampiros ou vítimas, tanto faz.
Não esconder do outro quem somos nós, mas polir, lapidar e aceitar que pedra não se comporta como madeira, nem o fogo é como a água.
Nem vampiros são humanos, e, no caso de Crepúsculo, nem desejam mesmo ser.
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