Estranho?
Sim! Mas, verdadeiro!
Por onde se vá, no ônibus, na padaria, na fila, na esquina, nos restaurantes, onde for, sempre há um celular tocando e uma pessoa trocando as informações de sua vida às alturas!
Aqui e ali, há sempre um zumzumzum de vozes que parecem, ao meu ver, incansáveis! Como se todos usassem mordaças e os celulares fossem sua única fonte de expressão!
E os toques então? Aquelas irritantes musiquinhas em som de baixa qualidade o tempo todo, e, muitas vezes, uma se sobrepõe à outra, toques sobre toques, e alôs e mais alôs pra todo lado!
Me digam, é mesmo necessário que os celulares estejam presentes nas mesas dos restaurantes, por exemplo? Ou em um ônibus de janelas fechadas, em hora de rush, no dia de chuva? E toca musiquinha pra cá, e toca musiquinha pra lá...e é uma falta de assunto que não acaba mais!
Na maioria das vezes, nada a se dizer...é " Fulana, oi, tudo bem, me ligou? Ahhh...Pois é...é né...então tá...deixa eu te falar...pois é...então..." ou " Fulano! Foi lá? Ah tá...Ah é?...Ahhhh...Deixa eu te falar...Então né....Ahhhh...Foi é?...Ah ta..."
Pessoas, atenção! Há uma inversão aqui: a privacidade alheia é que anda invadindo o silêncio dos outros!
Haja paciência!
sexta-feira, 9 de abril de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
To be or not to be...
Gosto muito de escrever sobre as coisas que tenho vivido, os filmes que assisti, as frases que li ou foram ditas e que , de algum modo, me fizeram pensar.
Não me sinto disposto a tratar de temas extraordinários, mas sim das coisas do dia-a-dia.
São elas que me constituem, que mudam o curso de meus pensamentos e muitas vezes das ações, esse cotidiano espetacular, que surpreende o tempo todo , essa revolução constante, que testa e desafia.
Não preciso pensar muito para saber se viajaria ao espaço, ou ao centro da terra, mas tenho maior dificuldade em escolher o prato do almoço se forem muitas as opções do self-service.
Assim, muitas vezes, um comentário no MSN de um amigo me sacode mais que o último tremor no Chile. Não saiu em rede internacional, pode até nem ter sido notado pelos seus entes queridos, mas sacudiu aqui meu velho pc.
Essa semana conversei brevemente via MSN sobre um assunto que muito me interessa: o acaso.
Após ler uma frase que dizia, em outras palavras, que nossas derrotas viriam de nossa própria fraqueza de propósitos, puxei a conversa.
Nem bem pude terminar de comentar o que pensava e o próprio acaso, mostrando sua força em nossas vidas, fez seu papel: meu MSN perdeu a conexão e não voltou a funcionar mais desde esse momento, interrompendo bruscamente o debate. Não pude deixar de rir, mesmo enquanto praguejava sobre o infeliz incidente.
Admiro muito quem se responsabiliza por sua vida, quem não abre mão de achar suas respostas, admiro a bravura de homens e mulheres de coragem que tomam as rédeas de seus ímpetos, e quantos deles, de modo genial e heróico, mudam o mundo, reinventam as sociedades, descobrem a cura das doenças, fazem história.
São muitas vezes trabalhadores incansáveis, pessoas honestíssimas e incorruptíveis, ou, aqui e ali, nerds bem sucedidos. Todos merecem nossos aplausos.
Mas, diante do peso de uma afirmação que nos coloca toda a responsabilidade sobre as costas, como essa que deu origem à conversa, só pensava em dizer: não se esqueça do acaso!
Não aceite suas derrotas passivamente, nem se entregue à melancolia por muito tempo, mas: aceite o acaso!
Por que apesar de todos os esforços, da lei das probabilidades, o acaso é alheio aos nossos desejos e expectativas. Não responderá às nossas exigências.
E, ainda que se deva fazer escolhas, que exista a opção poética de optar pelo copo estar "metade cheio ou metade vazio", o fato é que ambas opções são igualmente verdadeiras.
Saber aceitar o fim, a derrota, a extinção de certas crenças, relacionamentos, etapas da vida por que elas simplesmente não servem mais muitas vezes vai exigir mais coragem e firmeza de propósitos de nós mesmos que permanecer lutando por frutos que não virão, por sonhos que nem nos servem mais ou por convicções ultrapassadas.
Mudamos todos os dias com nossos cotidianos.
Algumas mudanças são suaves e curativas, outras são drásticas e abaladoras, mas todas, se olharmos com olhos corajosos, exigem e promovem nosso crescimento.
A coragem de ousar a simples hipótese de que precisamos rever nossos conceitos e escolhas, de que devemos admitir que temos limites e não podemos tudo sempre, é libertadora e sublime.
Questionar a si em horas de provação, é sim, com certeza, uma grande firmeza de propósito diante da imprevisibilidade da vida.
Go ahead!
Não me sinto disposto a tratar de temas extraordinários, mas sim das coisas do dia-a-dia.
São elas que me constituem, que mudam o curso de meus pensamentos e muitas vezes das ações, esse cotidiano espetacular, que surpreende o tempo todo , essa revolução constante, que testa e desafia.
Não preciso pensar muito para saber se viajaria ao espaço, ou ao centro da terra, mas tenho maior dificuldade em escolher o prato do almoço se forem muitas as opções do self-service.
Assim, muitas vezes, um comentário no MSN de um amigo me sacode mais que o último tremor no Chile. Não saiu em rede internacional, pode até nem ter sido notado pelos seus entes queridos, mas sacudiu aqui meu velho pc.
Essa semana conversei brevemente via MSN sobre um assunto que muito me interessa: o acaso.
Após ler uma frase que dizia, em outras palavras, que nossas derrotas viriam de nossa própria fraqueza de propósitos, puxei a conversa.
Nem bem pude terminar de comentar o que pensava e o próprio acaso, mostrando sua força em nossas vidas, fez seu papel: meu MSN perdeu a conexão e não voltou a funcionar mais desde esse momento, interrompendo bruscamente o debate. Não pude deixar de rir, mesmo enquanto praguejava sobre o infeliz incidente.
Admiro muito quem se responsabiliza por sua vida, quem não abre mão de achar suas respostas, admiro a bravura de homens e mulheres de coragem que tomam as rédeas de seus ímpetos, e quantos deles, de modo genial e heróico, mudam o mundo, reinventam as sociedades, descobrem a cura das doenças, fazem história.
São muitas vezes trabalhadores incansáveis, pessoas honestíssimas e incorruptíveis, ou, aqui e ali, nerds bem sucedidos. Todos merecem nossos aplausos.
Mas, diante do peso de uma afirmação que nos coloca toda a responsabilidade sobre as costas, como essa que deu origem à conversa, só pensava em dizer: não se esqueça do acaso!
Não aceite suas derrotas passivamente, nem se entregue à melancolia por muito tempo, mas: aceite o acaso!
Por que apesar de todos os esforços, da lei das probabilidades, o acaso é alheio aos nossos desejos e expectativas. Não responderá às nossas exigências.
E, ainda que se deva fazer escolhas, que exista a opção poética de optar pelo copo estar "metade cheio ou metade vazio", o fato é que ambas opções são igualmente verdadeiras.
Saber aceitar o fim, a derrota, a extinção de certas crenças, relacionamentos, etapas da vida por que elas simplesmente não servem mais muitas vezes vai exigir mais coragem e firmeza de propósitos de nós mesmos que permanecer lutando por frutos que não virão, por sonhos que nem nos servem mais ou por convicções ultrapassadas.
Mudamos todos os dias com nossos cotidianos.
Algumas mudanças são suaves e curativas, outras são drásticas e abaladoras, mas todas, se olharmos com olhos corajosos, exigem e promovem nosso crescimento.
A coragem de ousar a simples hipótese de que precisamos rever nossos conceitos e escolhas, de que devemos admitir que temos limites e não podemos tudo sempre, é libertadora e sublime.
Questionar a si em horas de provação, é sim, com certeza, uma grande firmeza de propósito diante da imprevisibilidade da vida.
Go ahead!
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