Queria saber se vou ou se fico.
Se mudo os planos ou deixo as coisas como estão.
Saber se gasto comprando ou guardo poupando.
Mas sou uma só coisa certa: perguntas.
Queria te dar um beijo e saber da sua vida, ou não.
Seguir à distância porque não vejo porquês.
Mas ao procurar porquês me vejo a fuçar o vazio, onde não se acham respostas.
Ao fuçar o vazio me dou conta, faz sentido "procurar sentido" ou deixar-se sentir?
E no vazio, você estará lá ou estará nas páginas que foram viradas, apenas na lembrança, que de tão viva é quase o dia- a -dia?
Pois o que dorme comigo e acorda, não é presença, ainda que ausente?
Como o monstro dos pesadelos, ele existe ou não? Porque existiu até que eu acordasse e ao despertar é etéreo, embora ainda pulse acelerado o coração e escorra o suor pelo pescoço.
Assim vivemos, eu e as dúvidas.
Assim repousamos, eu e as certezas.
Lembrando da frase do Antônio Cícero: "Talvez o fim, não seja nada, que a estrada seja tudo".
Então, estando na estrada, está tudo certo.
E sei lá eu os caminhos a percorrer, seguimos sem mapas, desafiando as trilhas e ora sim, ora não, fincando uma bandeirinha aqui e ali no cume de alguma montanha vencida.
Em silêncio, olhando do alto a paisagem.
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