quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O Amor é Bom!

Ando há dias com essa frase na cabeça...
Não sou um romântico, muito pelo contrário! Acho chatas e melosas as pessoas excessivamente românticas. Chego a rir de algumas letras de músicas exageradas, que beiram a insanidade...já pararam para pensar que patética a imagem, por exemplo, de uma Elis Regina jogada "atrás da porta", se agarrando ao pijama de seu suposto par? Bem posso entender o motivo do pobre estar tentando fugir!
!!!!
Mas o amor é bom.
Bom de sentir, bom de desejar. Bom de ter e de dar.
O amor é tão doce quando nos conforta, tão sensual quando nos excita, tão protetor quando nos acolhe nas horas de medo...
É tão nobre quando doamos e tão humilde quando aceitamos.
Não falo isso procurando encontrar perfeição ou que supra todas as carências de uma vida, sem essa...deixo essa frustração para os românticos ( que me perdoem ).
Uma vez, falando sobre tal assunto com uma amiga querida- e inteligente- ela citou uma frase de Edith Piaf que escutou em uma entrevista.
Em dado momento o repórter pergunta:
"- Madame, e o amor? O que a senhora esperava do amor?"
E sua brilhante resposta:
"- O que o amor me deu."
Acho que isso responde lindamente a essa pergunta complexa.
Também acho. Nada de pessoas derrubadas atrás das portas, ou "grudadas no seu corpo feito tatuagem" ( credo!).
Amei e fui amado lindamente. Isso é um tesouro, uma riqueza que não se perde, não se pode roubar ou retirar de nós. Amarei eternamente meus pares. São únicos, preciosos, imcomparáveis! Recebi amor, doce, carinhoso e admirável!
Sorte dos que passam nessa vida com a riqueza de belos e valiosos amores em sua história. Uns tem um só, uns tem muitos, mas, que importa?
Feliz, forrei um cantinho do coração para guardá-los para sempre.
E por segurança, para mantê-los protegidos, joguei a chave ( dourada) fora.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Bons amigos

Sempre vi uma grande diferença entre ser solitário e ser sozinho.
Muitas vezes não consegui me fazer entender em relação a isso, em conversas e debates sobre o assunto...na maioria das vezes acabava percebendo que há uma grande mistura entre essas duas situações, embora me pareçam distintas.
Ser- ou estar- sozinho é algo completamente diferente de ser- ou estar- solitário.
Sozinho temos algo que valorizo muito: tempo. Tempo para pensar, para criar, para cuidar da casa, do jardim, de si mesmo e de suas ambições.
Tempo e espaço para avaliar e melhorar, para deixar velhas limitações de lado, para ouvir a música que se gosta, comer a comida que se quer, mexer nos armários, rever velhas fotos, fazer planos para o futuro, praticar um hobby, chorar e sorrir sem julgamentos.
Não há espaço para solidão quando se está sozinho, mas ocupado com a alegria de estar vivo, buscando fazer de sua vida um projeto maior, pois isso pode ocupar muito tempo, as vezes o tempo de uma vida toda!
Ser solitário, é triste.
É um vazio, diferente do que descrevi acima. Não tem graça. É cruel.
Não há planos, nem projetos, nem ambições, nem nada. Nem amigos, nem amores, nem a si mesmo.
Acho a maior solidão a ausência de si mesmo. Cercado por duas ou duzentas pessoas, vc permanece solitário, e, nesses casos, estar sozinho pode ser uma avalanche de temores e de maus sentimentos.
Porque surjem brechas, lacunas, onde não há nada de nobre para preenchê-las, para justificar sua existência.
Naturalmente, todos podemos sentir eventual solidão...sozinhos ou acompanhados.
As vezes temos saudades, as vezes perdemos sem mais nem menos pessoas e coisas importantes na nossa vida. Acontece, é da dinâmica do mundo. Não é bom, nem é justo.
Mas, nessas horas, se vc estiver bem, conectado consigo mesmo e suas emoções, comprometido com sua vida e atento aos cuidados que as vidas alheias merecem, saberá, correndo, sem pudor, pedir um help, buscar quem lhe ama, choramingar aos bons amigos por um colo restaurador.
E, nessas horas mais sensíveis, esse abraço será uma explosão de afeto e amor.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Capacidade de Reação

Não sabia qual título escolher para iniciar um blog.
Não sabia nem mesmo como começar a escrever um.
Lembrei-me então de uma lição aplicada pelos índios xamãs norte-americanos, conhecida como "O Berço". Sua mensagem principal é a de recomeço, de fertilidade. E de responsabilidade.
Às mulheres da tribo cabia a responsabilidade de confeccionar os berços de seus bebês para enfrentarem as longas viagens da tribo e aos guerreiros cabia a responsabilidade de encontrar o material mais forte e ao mesmo tempo confortável, que garantisse a segurança dos pequenos.
Junto a isso vinha a mensagem de cuidar do futuro agora, no presente.
Achei um bom começo.
Abaixo, um trecho transcrito da escritora-pesquisadora da tradição dos povos indígenas americanos, Jamie Sans, sobre "O Berço", que representa a Capacidade de Reação:

"O Berço vem lhe dizer que o bebê que vc está carregando é o seu próprio Futuro. Se vc quiser moldá-lo, deve começar a reagir aqui e agora. Não importa como seu momento atual se apresente_ este é o momento certo para usar a sua capacidade de reação. O lado Guerreiro de sua natureza lhe trará a coragem que necessita. Não permaneça sentado, esperando que os outros façam alguma coisa por vc. Use a sua criatividade! Expresse a sua verdade! Reaja!"

Todos nós temos a capacidade de descobrir a maneira mais simples de vivermos felizes, de acordo com nossas próprias verdades.
Muitas vezes as opiniões dos outros acabam se misturando com nossas próprias dúvidas, gerando um sentimento de confusão. Isso abala nossa auto-estima e a capacidade de reconhecer tudo aquilo que é realmente importante para nós, que faz sentido no silêncio de nossos pensamentos.
Acabo de confeccionar esse "berço-blog". Tomara que ele seja um instrumento de comunicação, de expressão.
Bem-vindos!