Queria saber se vou ou se fico.
Se mudo os planos ou deixo as coisas como estão.
Saber se gasto comprando ou guardo poupando.
Mas sou uma só coisa certa: perguntas.
Queria te dar um beijo e saber da sua vida, ou não.
Seguir à distância porque não vejo porquês.
Mas ao procurar porquês me vejo a fuçar o vazio, onde não se acham respostas.
Ao fuçar o vazio me dou conta, faz sentido "procurar sentido" ou deixar-se sentir?
E no vazio, você estará lá ou estará nas páginas que foram viradas, apenas na lembrança, que de tão viva é quase o dia- a -dia?
Pois o que dorme comigo e acorda, não é presença, ainda que ausente?
Como o monstro dos pesadelos, ele existe ou não? Porque existiu até que eu acordasse e ao despertar é etéreo, embora ainda pulse acelerado o coração e escorra o suor pelo pescoço.
Assim vivemos, eu e as dúvidas.
Assim repousamos, eu e as certezas.
Lembrando da frase do Antônio Cícero: "Talvez o fim, não seja nada, que a estrada seja tudo".
Então, estando na estrada, está tudo certo.
E sei lá eu os caminhos a percorrer, seguimos sem mapas, desafiando as trilhas e ora sim, ora não, fincando uma bandeirinha aqui e ali no cume de alguma montanha vencida.
Em silêncio, olhando do alto a paisagem.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Sobre envelhecer...
Esses dias andei olhando pra trás.
Escrevi cartas que faltavam, dei telefonemas que eram necessários, fiz agradecimentos que demorei demais, dividi responsabilidades que carreguei muitos anos sozinho, tentei diminuir injustiças cometidas por orgulho ou inexperiência.
Foi bom, libertador e para minha surpresa, todas as respostas que recebi, as boas e as más, me serviram. Me responderam. Trouxeram-me paz. Sem surpresas. Quem me amava, amava mesmo, quem me iludia, era mesmo uma mentira. Gostei. Jogo limpo.
Nessa mesma onda acabei escutando discos antigos, lendo livros com dedicatórias de décadas atrás e fotos que me fizeram ora relembrar, ora querer esquecer. Mas que constituiram partes do eu que hoje sou.
Esse eu que beira 41 anos e não se importa com o fato, mas me importo como e onde me colocar nessa altura do campeonato.
Não é mole não.Mas é absolutamente natural e de tão natural chega a ser desejável, há algo de bálsamo, de preocupações que se vão, de valores que se reavaliam em nome de outros mais simples e menos presunçosos.
Há rugas indesejáveis, uns grisalhos meio teimosos demais, umas cismas de gente madura...mas ainda assim, tudo tão natural.
Nesse miolo todo, me reencontrei com uma artista que amava na adolescência, Marina Lima. Ela que passou uma grande crise emocional, deixou de gravar discos, perdeu a voz, mudou o tom. E ouvi os discos e vi os vídeos e entendi: Marina envelheceu. Mais que eu, ou melhor, antes que eu.
Como poderia se esperar que cantasse com o mesmo timbre, as mesmas canções, o mesmo figurino? Era claro que ela precisava desse processo tanto quanto eu, ou outra pessoa que vê e sente o tempo passar, as mudanças que se dão, os valores que se alteram...e entendi tudo. E voltei a amá-la pela coragem. Pela ousadia, que sempre foi sua marca. Aos mais de 50 anos, ela vai continuar sendo a "Garota de Ipanema"? Não! Ela é madura e vai falar das dores e alegrias de seu tempo, vai dançar e cantar para uma mulher de sua idade, vai vestir o figurino que a valoriza no tempo em que está, mas sem virar uma careta chata, ou uma ultrapassada artista que ficou lá nos anos 80.
Sabe, Marina, você voltou a falar pro meu coração e me mostra que dá pra ser linda e sexy aí, onde se está, nem mais pra frente, nem mais pra trás.
De repente, percebi "sem mais rodeios, as outras cores entre o céu e o chão: achava que existisse só o vermelho, que o mundo fosse feito só de ação...tem tanto mais pra dar vazão..."
Tá tudo dito.
Estamos aí, 40, 50, 60, 100...
Escrevi cartas que faltavam, dei telefonemas que eram necessários, fiz agradecimentos que demorei demais, dividi responsabilidades que carreguei muitos anos sozinho, tentei diminuir injustiças cometidas por orgulho ou inexperiência.
Foi bom, libertador e para minha surpresa, todas as respostas que recebi, as boas e as más, me serviram. Me responderam. Trouxeram-me paz. Sem surpresas. Quem me amava, amava mesmo, quem me iludia, era mesmo uma mentira. Gostei. Jogo limpo.
Nessa mesma onda acabei escutando discos antigos, lendo livros com dedicatórias de décadas atrás e fotos que me fizeram ora relembrar, ora querer esquecer. Mas que constituiram partes do eu que hoje sou.
Esse eu que beira 41 anos e não se importa com o fato, mas me importo como e onde me colocar nessa altura do campeonato.
Não é mole não.Mas é absolutamente natural e de tão natural chega a ser desejável, há algo de bálsamo, de preocupações que se vão, de valores que se reavaliam em nome de outros mais simples e menos presunçosos.
Há rugas indesejáveis, uns grisalhos meio teimosos demais, umas cismas de gente madura...mas ainda assim, tudo tão natural.
Nesse miolo todo, me reencontrei com uma artista que amava na adolescência, Marina Lima. Ela que passou uma grande crise emocional, deixou de gravar discos, perdeu a voz, mudou o tom. E ouvi os discos e vi os vídeos e entendi: Marina envelheceu. Mais que eu, ou melhor, antes que eu.
Como poderia se esperar que cantasse com o mesmo timbre, as mesmas canções, o mesmo figurino? Era claro que ela precisava desse processo tanto quanto eu, ou outra pessoa que vê e sente o tempo passar, as mudanças que se dão, os valores que se alteram...e entendi tudo. E voltei a amá-la pela coragem. Pela ousadia, que sempre foi sua marca. Aos mais de 50 anos, ela vai continuar sendo a "Garota de Ipanema"? Não! Ela é madura e vai falar das dores e alegrias de seu tempo, vai dançar e cantar para uma mulher de sua idade, vai vestir o figurino que a valoriza no tempo em que está, mas sem virar uma careta chata, ou uma ultrapassada artista que ficou lá nos anos 80.
Sabe, Marina, você voltou a falar pro meu coração e me mostra que dá pra ser linda e sexy aí, onde se está, nem mais pra frente, nem mais pra trás.
De repente, percebi "sem mais rodeios, as outras cores entre o céu e o chão: achava que existisse só o vermelho, que o mundo fosse feito só de ação...tem tanto mais pra dar vazão..."
Tá tudo dito.
Estamos aí, 40, 50, 60, 100...
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Reformas
Hoje vamos reformar a casa.
Passar tinta nas paredes descascadas pelo descaso.
Encerar o chão gasto de andar em círculos.
Limpar as vidraças embaçadas das marcas de nosso olhar distante.
Varrer os cantos, onde escondemos os piores medos.
Mudar alguns móveis de lugar, para não vermos mais as mesmas coisas.
Trocar os pratos e os copos e as companhias para o almoço e o jantar.
Comprar toalhas novas para enxugar outro corpo.
Trocar as mudas de lugar para que refloresçam.
Jogar finalmente aqueles velhos cacos guardados fora, de uma vez por todas.
Polir bem os espelhos, para ver o sorriso estampado no rosto.
E jogar um ótimo aromatizador pela casa toda, com cheiro de novidade.
Agora é só abrir as janelas e deixar o sol entrar, cantarolando uma musiquinha enquanto espera o novo que já vai chegar...
Passar tinta nas paredes descascadas pelo descaso.
Encerar o chão gasto de andar em círculos.
Limpar as vidraças embaçadas das marcas de nosso olhar distante.
Varrer os cantos, onde escondemos os piores medos.
Mudar alguns móveis de lugar, para não vermos mais as mesmas coisas.
Trocar os pratos e os copos e as companhias para o almoço e o jantar.
Comprar toalhas novas para enxugar outro corpo.
Trocar as mudas de lugar para que refloresçam.
Jogar finalmente aqueles velhos cacos guardados fora, de uma vez por todas.
Polir bem os espelhos, para ver o sorriso estampado no rosto.
E jogar um ótimo aromatizador pela casa toda, com cheiro de novidade.
Agora é só abrir as janelas e deixar o sol entrar, cantarolando uma musiquinha enquanto espera o novo que já vai chegar...
terça-feira, 13 de julho de 2010
O oposto do amor...
Tava lendo hoje uma frase de um blog chamado "Vigilantes da Auto-estima"...já gostei de cara do nome do blog.
Tem vigilantes do peso, vigilantes das drogas, vigilantes da birita, vigilantes do sexo, de cigarro, de quase tudo. Aliás tem gente fazendo vigílias demais!!
Adorei os vigilantes da auto-estima!
Lá dizia que : "O oposto do amor é o egoísmo ( não o ódio ) ."
Sen-sa-cio-nal!
Adorei isso! É verdade! Pensem bem...deixem a questão ser refletida...
O oposto do amor é o desamor.
O oposto do amor é o egoísmo, mesmo.
EGO-ismo.
Tem vigilantes do peso, vigilantes das drogas, vigilantes da birita, vigilantes do sexo, de cigarro, de quase tudo. Aliás tem gente fazendo vigílias demais!!
Adorei os vigilantes da auto-estima!
Lá dizia que : "O oposto do amor é o egoísmo ( não o ódio ) ."
Sen-sa-cio-nal!
Adorei isso! É verdade! Pensem bem...deixem a questão ser refletida...
O oposto do amor é o desamor.
O oposto do amor é o egoísmo, mesmo.
EGO-ismo.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Plágio
Hoje não serei original em nada.
Mas, serei generoso.
Li esse belo poema no perfil do Orkut de uma amiga e divido com vocês.
Plagiei o Orkut da Anna, plagiei o poema do Quintana, mas ok, serei perdoado...dividir beleza e tocar emoções é um bom motivo para tantas "transgressões".
EPÍLOGO
Não, o melhor é não falares, não explicares coisa alguma. Tudo agora está suspenso. Nada aguenta mais nada. E sabe Deus o que é que desencadeia as catástrofes, o que é que derruba um castelo de cartas! Não se sabe... Umas vezes passa uma avalanche e não morre uma mosca...Outras vezes senta uma mosca e desaba uma cidade.
Mario Quintana
Mas, serei generoso.
Li esse belo poema no perfil do Orkut de uma amiga e divido com vocês.
Plagiei o Orkut da Anna, plagiei o poema do Quintana, mas ok, serei perdoado...dividir beleza e tocar emoções é um bom motivo para tantas "transgressões".
EPÍLOGO
Não, o melhor é não falares, não explicares coisa alguma. Tudo agora está suspenso. Nada aguenta mais nada. E sabe Deus o que é que desencadeia as catástrofes, o que é que derruba um castelo de cartas! Não se sabe... Umas vezes passa uma avalanche e não morre uma mosca...Outras vezes senta uma mosca e desaba uma cidade.
Mario Quintana
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Eu tenho umas amigas que eu amo.
Esses dias eu li uma frase da Hebe Camargo, depois de ter passado pelo processo todo de tratamento do câncer, em que ela dizia: " A solidão não existe", em função das milhares de mensagens de apoio que recebeu.
Sabe, eu admiro pacas a Hebe. Acho ela lindona, ricona, trabalha há décadas na TV, sei lá, é uma mulher a frente de seu tempo, é uma Madonna brasileira. Não se limitou pela idade, nem por coisa nenhuma. E tal qual Madonna, é polêmica, e loira desde pequenininha...rsrsrs...bem, tá na cara que admiro pacas também a Madonna, amor de fã mesmo.
Mas não é isso que vim dizer.
Vim declarar meu amor também a algumas amigas que estão comigo todos os dias. Pessoas tão amadas que lembro delas diariamente, com quem compartilho segredos quando estamos juntos e com quem falo sozinho quando estamos distantes. Pessoas que fazem a solidão não existir, mesmo.
Pessoas que rompem barreiras do tempo, da distância geográfica, que pegam a estrada pra me ver, que escrevem e-mails para compartilhar comigo, que me oferecem seu tempo, suas casas, suas famílias, que me honram imensamente pelo valor que me dão, sendo todas elas pessoas com vidas cheias de exigências e que mesmo assim sempre me põe em um lugar especial de afeto e dedicação, que tem sempre um tempo pra mim, mesmo quando estou naqueles dias chatos à beça, escorpiano das trevas...rsrsrsrs
Amo vocês, que sabem bem quem são, não preciso nominar.
Gosto do amor "a la " Drummond, que diz num poema que adoro: " Se me amas, ama-me baixinho, não espanta a mim, não espanta aos passarinhos..."
E termina o poema dizendo: "por que a vida é breve , e o amor, mais breve ainda, amada".
É, sou um homem de muita sorte.
Sabe, eu admiro pacas a Hebe. Acho ela lindona, ricona, trabalha há décadas na TV, sei lá, é uma mulher a frente de seu tempo, é uma Madonna brasileira. Não se limitou pela idade, nem por coisa nenhuma. E tal qual Madonna, é polêmica, e loira desde pequenininha...rsrsrs...bem, tá na cara que admiro pacas também a Madonna, amor de fã mesmo.
Mas não é isso que vim dizer.
Vim declarar meu amor também a algumas amigas que estão comigo todos os dias. Pessoas tão amadas que lembro delas diariamente, com quem compartilho segredos quando estamos juntos e com quem falo sozinho quando estamos distantes. Pessoas que fazem a solidão não existir, mesmo.
Pessoas que rompem barreiras do tempo, da distância geográfica, que pegam a estrada pra me ver, que escrevem e-mails para compartilhar comigo, que me oferecem seu tempo, suas casas, suas famílias, que me honram imensamente pelo valor que me dão, sendo todas elas pessoas com vidas cheias de exigências e que mesmo assim sempre me põe em um lugar especial de afeto e dedicação, que tem sempre um tempo pra mim, mesmo quando estou naqueles dias chatos à beça, escorpiano das trevas...rsrsrsrs
Amo vocês, que sabem bem quem são, não preciso nominar.
Gosto do amor "a la " Drummond, que diz num poema que adoro: " Se me amas, ama-me baixinho, não espanta a mim, não espanta aos passarinhos..."
E termina o poema dizendo: "por que a vida é breve , e o amor, mais breve ainda, amada".
É, sou um homem de muita sorte.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Saudade é um " pé no saco "!
Odeio sentir saudades!
Se me perguntarem qual sentimento mais destesto, não exito: saudades!
E parece que isso acontece por que volta e meia me pego saudoso.
Saudade sempre é falta.
Falta de algum lugar que você foi e não voltou mais, ou queria ter ficado mais tempo e não deu. Ou quer voltar pra lá correndo e não tem como.
É falta de alguém. Alguém que também sente sua falta, mas por algum motivo não pode estar por perto. Alguém que você sente falta mas não quer mais saber de você e se afastou, por qualquer motivo que seja e você tem que engolir em seco a ausência.
Saudade sempre tem um tom melancólico, é sempre meio suspirada.
Se relaciona sempre a algum momento, lugar ou evento que parece ter sido melhor e mais proveitoso que os outros e por isso marcou, mas não está mais com você.
Saudade não tem cura, não tem remédio.
Nem hora marcada.
Alguém pode até sentir saudades e achar que são boas, mas boas são as lembranças que a saudade trouxe, não a falta em si. As lembranças podem sim ser boas, não a falta. E se não faz falta, não deixou saudades.
Viveria uma vida inteira sem saudades se pudesse abolir o sentimento de minha vida. E com ele, a falta que me fazem pessoas, coisas, lugares e emoções que ela evoca.
Estaríamos sempre juntos.
Improvável, utópico e ilusório, eu sei.
Mas, deliciosamente bom, como o "The End" dos contos-de-fadas.
The End.
Se me perguntarem qual sentimento mais destesto, não exito: saudades!
E parece que isso acontece por que volta e meia me pego saudoso.
Saudade sempre é falta.
Falta de algum lugar que você foi e não voltou mais, ou queria ter ficado mais tempo e não deu. Ou quer voltar pra lá correndo e não tem como.
É falta de alguém. Alguém que também sente sua falta, mas por algum motivo não pode estar por perto. Alguém que você sente falta mas não quer mais saber de você e se afastou, por qualquer motivo que seja e você tem que engolir em seco a ausência.
Saudade sempre tem um tom melancólico, é sempre meio suspirada.
Se relaciona sempre a algum momento, lugar ou evento que parece ter sido melhor e mais proveitoso que os outros e por isso marcou, mas não está mais com você.
Saudade não tem cura, não tem remédio.
Nem hora marcada.
Alguém pode até sentir saudades e achar que são boas, mas boas são as lembranças que a saudade trouxe, não a falta em si. As lembranças podem sim ser boas, não a falta. E se não faz falta, não deixou saudades.
Viveria uma vida inteira sem saudades se pudesse abolir o sentimento de minha vida. E com ele, a falta que me fazem pessoas, coisas, lugares e emoções que ela evoca.
Estaríamos sempre juntos.
Improvável, utópico e ilusório, eu sei.
Mas, deliciosamente bom, como o "The End" dos contos-de-fadas.
The End.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Que dia bom !
Ahh, que dia bom esse, em que o sol da manhã entrou bem cedo pela minha janela!
E trouxe as lembranças do sonho feliz que tive, ao despertar.
E me fez sorrir ao calcular os absurdos do universo surreal, ainda intacto na memória.
Ahh, os sonhos bons!
E o sol da manhã...
E trouxe as lembranças do sonho feliz que tive, ao despertar.
E me fez sorrir ao calcular os absurdos do universo surreal, ainda intacto na memória.
Ahh, os sonhos bons!
E o sol da manhã...
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Ei!! Sua privacidade está invadindo meu silêncio!!
Estranho?
Sim! Mas, verdadeiro!
Por onde se vá, no ônibus, na padaria, na fila, na esquina, nos restaurantes, onde for, sempre há um celular tocando e uma pessoa trocando as informações de sua vida às alturas!
Aqui e ali, há sempre um zumzumzum de vozes que parecem, ao meu ver, incansáveis! Como se todos usassem mordaças e os celulares fossem sua única fonte de expressão!
E os toques então? Aquelas irritantes musiquinhas em som de baixa qualidade o tempo todo, e, muitas vezes, uma se sobrepõe à outra, toques sobre toques, e alôs e mais alôs pra todo lado!
Me digam, é mesmo necessário que os celulares estejam presentes nas mesas dos restaurantes, por exemplo? Ou em um ônibus de janelas fechadas, em hora de rush, no dia de chuva? E toca musiquinha pra cá, e toca musiquinha pra lá...e é uma falta de assunto que não acaba mais!
Na maioria das vezes, nada a se dizer...é " Fulana, oi, tudo bem, me ligou? Ahhh...Pois é...é né...então tá...deixa eu te falar...pois é...então..." ou " Fulano! Foi lá? Ah tá...Ah é?...Ahhhh...Deixa eu te falar...Então né....Ahhhh...Foi é?...Ah ta..."
Pessoas, atenção! Há uma inversão aqui: a privacidade alheia é que anda invadindo o silêncio dos outros!
Haja paciência!
Sim! Mas, verdadeiro!
Por onde se vá, no ônibus, na padaria, na fila, na esquina, nos restaurantes, onde for, sempre há um celular tocando e uma pessoa trocando as informações de sua vida às alturas!
Aqui e ali, há sempre um zumzumzum de vozes que parecem, ao meu ver, incansáveis! Como se todos usassem mordaças e os celulares fossem sua única fonte de expressão!
E os toques então? Aquelas irritantes musiquinhas em som de baixa qualidade o tempo todo, e, muitas vezes, uma se sobrepõe à outra, toques sobre toques, e alôs e mais alôs pra todo lado!
Me digam, é mesmo necessário que os celulares estejam presentes nas mesas dos restaurantes, por exemplo? Ou em um ônibus de janelas fechadas, em hora de rush, no dia de chuva? E toca musiquinha pra cá, e toca musiquinha pra lá...e é uma falta de assunto que não acaba mais!
Na maioria das vezes, nada a se dizer...é " Fulana, oi, tudo bem, me ligou? Ahhh...Pois é...é né...então tá...deixa eu te falar...pois é...então..." ou " Fulano! Foi lá? Ah tá...Ah é?...Ahhhh...Deixa eu te falar...Então né....Ahhhh...Foi é?...Ah ta..."
Pessoas, atenção! Há uma inversão aqui: a privacidade alheia é que anda invadindo o silêncio dos outros!
Haja paciência!
quinta-feira, 1 de abril de 2010
To be or not to be...
Gosto muito de escrever sobre as coisas que tenho vivido, os filmes que assisti, as frases que li ou foram ditas e que , de algum modo, me fizeram pensar.
Não me sinto disposto a tratar de temas extraordinários, mas sim das coisas do dia-a-dia.
São elas que me constituem, que mudam o curso de meus pensamentos e muitas vezes das ações, esse cotidiano espetacular, que surpreende o tempo todo , essa revolução constante, que testa e desafia.
Não preciso pensar muito para saber se viajaria ao espaço, ou ao centro da terra, mas tenho maior dificuldade em escolher o prato do almoço se forem muitas as opções do self-service.
Assim, muitas vezes, um comentário no MSN de um amigo me sacode mais que o último tremor no Chile. Não saiu em rede internacional, pode até nem ter sido notado pelos seus entes queridos, mas sacudiu aqui meu velho pc.
Essa semana conversei brevemente via MSN sobre um assunto que muito me interessa: o acaso.
Após ler uma frase que dizia, em outras palavras, que nossas derrotas viriam de nossa própria fraqueza de propósitos, puxei a conversa.
Nem bem pude terminar de comentar o que pensava e o próprio acaso, mostrando sua força em nossas vidas, fez seu papel: meu MSN perdeu a conexão e não voltou a funcionar mais desde esse momento, interrompendo bruscamente o debate. Não pude deixar de rir, mesmo enquanto praguejava sobre o infeliz incidente.
Admiro muito quem se responsabiliza por sua vida, quem não abre mão de achar suas respostas, admiro a bravura de homens e mulheres de coragem que tomam as rédeas de seus ímpetos, e quantos deles, de modo genial e heróico, mudam o mundo, reinventam as sociedades, descobrem a cura das doenças, fazem história.
São muitas vezes trabalhadores incansáveis, pessoas honestíssimas e incorruptíveis, ou, aqui e ali, nerds bem sucedidos. Todos merecem nossos aplausos.
Mas, diante do peso de uma afirmação que nos coloca toda a responsabilidade sobre as costas, como essa que deu origem à conversa, só pensava em dizer: não se esqueça do acaso!
Não aceite suas derrotas passivamente, nem se entregue à melancolia por muito tempo, mas: aceite o acaso!
Por que apesar de todos os esforços, da lei das probabilidades, o acaso é alheio aos nossos desejos e expectativas. Não responderá às nossas exigências.
E, ainda que se deva fazer escolhas, que exista a opção poética de optar pelo copo estar "metade cheio ou metade vazio", o fato é que ambas opções são igualmente verdadeiras.
Saber aceitar o fim, a derrota, a extinção de certas crenças, relacionamentos, etapas da vida por que elas simplesmente não servem mais muitas vezes vai exigir mais coragem e firmeza de propósitos de nós mesmos que permanecer lutando por frutos que não virão, por sonhos que nem nos servem mais ou por convicções ultrapassadas.
Mudamos todos os dias com nossos cotidianos.
Algumas mudanças são suaves e curativas, outras são drásticas e abaladoras, mas todas, se olharmos com olhos corajosos, exigem e promovem nosso crescimento.
A coragem de ousar a simples hipótese de que precisamos rever nossos conceitos e escolhas, de que devemos admitir que temos limites e não podemos tudo sempre, é libertadora e sublime.
Questionar a si em horas de provação, é sim, com certeza, uma grande firmeza de propósito diante da imprevisibilidade da vida.
Go ahead!
Não me sinto disposto a tratar de temas extraordinários, mas sim das coisas do dia-a-dia.
São elas que me constituem, que mudam o curso de meus pensamentos e muitas vezes das ações, esse cotidiano espetacular, que surpreende o tempo todo , essa revolução constante, que testa e desafia.
Não preciso pensar muito para saber se viajaria ao espaço, ou ao centro da terra, mas tenho maior dificuldade em escolher o prato do almoço se forem muitas as opções do self-service.
Assim, muitas vezes, um comentário no MSN de um amigo me sacode mais que o último tremor no Chile. Não saiu em rede internacional, pode até nem ter sido notado pelos seus entes queridos, mas sacudiu aqui meu velho pc.
Essa semana conversei brevemente via MSN sobre um assunto que muito me interessa: o acaso.
Após ler uma frase que dizia, em outras palavras, que nossas derrotas viriam de nossa própria fraqueza de propósitos, puxei a conversa.
Nem bem pude terminar de comentar o que pensava e o próprio acaso, mostrando sua força em nossas vidas, fez seu papel: meu MSN perdeu a conexão e não voltou a funcionar mais desde esse momento, interrompendo bruscamente o debate. Não pude deixar de rir, mesmo enquanto praguejava sobre o infeliz incidente.
Admiro muito quem se responsabiliza por sua vida, quem não abre mão de achar suas respostas, admiro a bravura de homens e mulheres de coragem que tomam as rédeas de seus ímpetos, e quantos deles, de modo genial e heróico, mudam o mundo, reinventam as sociedades, descobrem a cura das doenças, fazem história.
São muitas vezes trabalhadores incansáveis, pessoas honestíssimas e incorruptíveis, ou, aqui e ali, nerds bem sucedidos. Todos merecem nossos aplausos.
Mas, diante do peso de uma afirmação que nos coloca toda a responsabilidade sobre as costas, como essa que deu origem à conversa, só pensava em dizer: não se esqueça do acaso!
Não aceite suas derrotas passivamente, nem se entregue à melancolia por muito tempo, mas: aceite o acaso!
Por que apesar de todos os esforços, da lei das probabilidades, o acaso é alheio aos nossos desejos e expectativas. Não responderá às nossas exigências.
E, ainda que se deva fazer escolhas, que exista a opção poética de optar pelo copo estar "metade cheio ou metade vazio", o fato é que ambas opções são igualmente verdadeiras.
Saber aceitar o fim, a derrota, a extinção de certas crenças, relacionamentos, etapas da vida por que elas simplesmente não servem mais muitas vezes vai exigir mais coragem e firmeza de propósitos de nós mesmos que permanecer lutando por frutos que não virão, por sonhos que nem nos servem mais ou por convicções ultrapassadas.
Mudamos todos os dias com nossos cotidianos.
Algumas mudanças são suaves e curativas, outras são drásticas e abaladoras, mas todas, se olharmos com olhos corajosos, exigem e promovem nosso crescimento.
A coragem de ousar a simples hipótese de que precisamos rever nossos conceitos e escolhas, de que devemos admitir que temos limites e não podemos tudo sempre, é libertadora e sublime.
Questionar a si em horas de provação, é sim, com certeza, uma grande firmeza de propósito diante da imprevisibilidade da vida.
Go ahead!
sexta-feira, 26 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
Uma quase oração
Vamos jogar açúcar e confetes!
Trazer à tona a doçura do coração!
Esquecer que somos razoáveis e espalhar o hedonismo!
Concluir todas as frases com pontos de exclamação!
Abraçar os amigos, beijar as mães, beijar as filhas!
Beijar os homens e rir de seu constrangimento!
Rir frouxo e alto das próprias carências e limitações!
Acender as velas e dar a mão aos anjos, dedicar os livros, escrever atrás das fotos!
Cuspir pra cima, no prato que se comeu,atirar pedras em telhados de vidro, brincar com fogo, cutucar a onça com a vara curta!
Vamos apostar alto, rasgar as cortinas, abrir as janelas, apagar as luzes, fazer sexo livre!
Pisar na areia, beber de bica, tomar sorvetes de todos os sabores!
Botar outra coberta na cama, acender a lareira, esticar os ossos!
Bocejar alto e gritado!
Mandar dúzias de rosas vermelhas!
E depois mais duas dúzias!
E quantas mais!
Vamos enquanto podemos, enquanto duvidamos, porque jamais teremos certeza.
Fazer uma trilha, subir a montanha, andar de bicicleta, congelar nas cachoeiras, confortar-nos ao sol!
Vamos aceitar os empregos, mudar de carreira, trocar de lugar!
Vamos dormir na casa dos amigos, desatar os nós, desfazer os enganos!
Mudar de nome, de apelido, de costumes!
Vamos pedir atenção, pedir colo, dar o braço a torcer!
Vamos jogar açúcar e confetes!
Vamos espalhar a doçura do coração!
Trazer à tona a doçura do coração!
Esquecer que somos razoáveis e espalhar o hedonismo!
Concluir todas as frases com pontos de exclamação!
Abraçar os amigos, beijar as mães, beijar as filhas!
Beijar os homens e rir de seu constrangimento!
Rir frouxo e alto das próprias carências e limitações!
Acender as velas e dar a mão aos anjos, dedicar os livros, escrever atrás das fotos!
Cuspir pra cima, no prato que se comeu,atirar pedras em telhados de vidro, brincar com fogo, cutucar a onça com a vara curta!
Vamos apostar alto, rasgar as cortinas, abrir as janelas, apagar as luzes, fazer sexo livre!
Pisar na areia, beber de bica, tomar sorvetes de todos os sabores!
Botar outra coberta na cama, acender a lareira, esticar os ossos!
Bocejar alto e gritado!
Mandar dúzias de rosas vermelhas!
E depois mais duas dúzias!
E quantas mais!
Vamos enquanto podemos, enquanto duvidamos, porque jamais teremos certeza.
Fazer uma trilha, subir a montanha, andar de bicicleta, congelar nas cachoeiras, confortar-nos ao sol!
Vamos aceitar os empregos, mudar de carreira, trocar de lugar!
Vamos dormir na casa dos amigos, desatar os nós, desfazer os enganos!
Mudar de nome, de apelido, de costumes!
Vamos pedir atenção, pedir colo, dar o braço a torcer!
Vamos jogar açúcar e confetes!
Vamos espalhar a doçura do coração!
quarta-feira, 17 de março de 2010
Crepúsculo
Essa semana assisti Crepúsculo.
Como sempre faço, espero passar o frisson desses lançamentos muito badalados para poder assistí-los mais tarde, quando toda sorte de comentários já foram feitos e , geralmente, já está sendo lançada a versão II, III ou IV de cada título.
(Lembro que quando assisti Titanic, Leonardo di Caprio já tinha feito mais uns dois ou três outros filmes...rs)
Em Crepúsculo, os atores são lindos, o que por si só já serviria para mim como justificativa, afinal, é pura diversão, certo? Ninguém espera tirar grandes lições filosóficas de um filme de vampiros.
Mas aí que está!
O filme falou para mim o tempo todo em aceitação das diferenças!
Em sedução pelas diferenças, em superação das diferenças.
A atmosfera chuvosa e meio cinzenta da locação é linda, deliciosamente melancólica, faz pensar que há pessoas que gostam disso, que preferem mesmo fugir do sol eterno, que há um lado de nós que é mesmo indoor , intimista, mais observador, que isso não nos deixa taciturnos, nem tristonhos. Há "dias de chuva" na vida de todos nós, afinal. É nos dias de chuva que os livros são mais lidos, que os cafés são mais aromáticos e os gatos são mais quentinhos. Nos dias de chuva um bom filme no DVD nos põe a pensar...
No filme, os "diferentes" são os vampiros, claro, o que poderia ser mais incomum?
Mas são diferentes não porque viram poeira se expostos ao sol, ou cospem fogo quando mordem um dente de alho.
São diferentes porque fizeram escolhas que vão contra sua própria natureza sobrenatural e vivem de acordo com suas convicções, apesar do que ela possa custar.
Há muito o que pensar sobre isso.
Em momento algum o protagonista esconde da mocinha sua natureza, chega a temer por ela e mesmo a alertá-la sobre si mesmo, sua fúria, ainda que controlada, não foi negada.
E ela, diante da verdade, teve a nobre opção da escolha.
Para mim, aí, nesse ponto, o filme ganhou pontos.
Não negar nossas fúrias, nem nossa natureza qualquer que seja ela, mas olhar de frente e saber fazer suas escolhas. Responder por elas, saber que perde-se e ganha-se de todos os lados, como vampiros ou vítimas, tanto faz.
Não esconder do outro quem somos nós, mas polir, lapidar e aceitar que pedra não se comporta como madeira, nem o fogo é como a água.
Nem vampiros são humanos, e, no caso de Crepúsculo, nem desejam mesmo ser.
Como sempre faço, espero passar o frisson desses lançamentos muito badalados para poder assistí-los mais tarde, quando toda sorte de comentários já foram feitos e , geralmente, já está sendo lançada a versão II, III ou IV de cada título.
(Lembro que quando assisti Titanic, Leonardo di Caprio já tinha feito mais uns dois ou três outros filmes...rs)
Em Crepúsculo, os atores são lindos, o que por si só já serviria para mim como justificativa, afinal, é pura diversão, certo? Ninguém espera tirar grandes lições filosóficas de um filme de vampiros.
Mas aí que está!
O filme falou para mim o tempo todo em aceitação das diferenças!
Em sedução pelas diferenças, em superação das diferenças.
A atmosfera chuvosa e meio cinzenta da locação é linda, deliciosamente melancólica, faz pensar que há pessoas que gostam disso, que preferem mesmo fugir do sol eterno, que há um lado de nós que é mesmo indoor , intimista, mais observador, que isso não nos deixa taciturnos, nem tristonhos. Há "dias de chuva" na vida de todos nós, afinal. É nos dias de chuva que os livros são mais lidos, que os cafés são mais aromáticos e os gatos são mais quentinhos. Nos dias de chuva um bom filme no DVD nos põe a pensar...
No filme, os "diferentes" são os vampiros, claro, o que poderia ser mais incomum?
Mas são diferentes não porque viram poeira se expostos ao sol, ou cospem fogo quando mordem um dente de alho.
São diferentes porque fizeram escolhas que vão contra sua própria natureza sobrenatural e vivem de acordo com suas convicções, apesar do que ela possa custar.
Há muito o que pensar sobre isso.
Em momento algum o protagonista esconde da mocinha sua natureza, chega a temer por ela e mesmo a alertá-la sobre si mesmo, sua fúria, ainda que controlada, não foi negada.
E ela, diante da verdade, teve a nobre opção da escolha.
Para mim, aí, nesse ponto, o filme ganhou pontos.
Não negar nossas fúrias, nem nossa natureza qualquer que seja ela, mas olhar de frente e saber fazer suas escolhas. Responder por elas, saber que perde-se e ganha-se de todos os lados, como vampiros ou vítimas, tanto faz.
Não esconder do outro quem somos nós, mas polir, lapidar e aceitar que pedra não se comporta como madeira, nem o fogo é como a água.
Nem vampiros são humanos, e, no caso de Crepúsculo, nem desejam mesmo ser.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Auto-expressão
"Tenho andado distraído, impaciente e indeciso, e ainda estou confuso, só que agora é diferente...estou tão tranquilo e tão contente..." (R.Russo)
Estou impressionado com o poder curativo da auto-expressão! Mas é igual a remédio amargo!
Você toma agora, xingando e prendendo a respiração achando que vai até enjoar, mas esperando que lhe cure mais pra frente.
Tem que ter pulso, não é mole não!
Apesar da tarefa ser árdua e muitas vezes mal compreendida, as únicas verdades que podemos defender são aquelas em que acreditamos e colocamos em prática.
Se carregamos verdades que não são nossas, a verdadeira imagem do nosso ser, da nossa personalidade, não consegue se manifestar.
Como poderemos confiar em alguém, em nós mesmos inclusive, se a imagem que carregamos não está de acordo com nossas convicções?
É dureza. Muitas vezes para enfrentar a própria verdade, teremos que romper com pessoas que amamos e pagar um preço por isso. Geralmente, da incompreensão, de muitas cobranças. E certamente, umas reprimendas, obviamente a unanimidade vai passar longe!
Não gosto de ferir ninguém. Definitivamente. Minha cota de insultos e discussões é curta, acho que já gastei quase tudo na adolescência, lutando contra o mundo todo querendo ter razão ( e perdendo todas as lutas, claro!).
Passo boa parte do tempo tentando ser delicado com as pessoas que amo...e nem sempre consigo.Por isso mesmo, acho alto o preço a pagar pela verdade própria.
Dói em mim não conseguir agradar a todos por quem tenho apreço. Não consigo, mas queria muito.
Queria conseguir envolver tudo numa "nuvenzinha cor-de-rosa" e nunca desapontar aqueles que amo. Mas, eu não acredito nisso.
Então, como posso sustentar uma verdade que nem eu mesmo creio?
Estou com 40 anos. A idade limítrofe.
Verdades despencam na minha cabeça todos os dias, me testando, hora levantando as expectativas do futuro, hora reavaliando as ações do passado.
Mas ainda assim, e acho que cada vez mais, só poderei insistir nisso: buscar a verdade pessoal.
Pois não há uma verdade universal, uma que agrade a todos e promova somente a bonança.
Quem sabe, aprendendo a honrar as verdades próprias, não saberemos ser menos belicosos e também menos vulneráveis?
Meu desejo sincero, hoje, nesse dia presente, é o AMOR.
Se não tem cara, cheiro, trilha sonora de novela, de filme que acaba na cena do altar,bem...não é menos verdadeiro.
Aos amigos que ficam, aos amigos que vão...para vc que está lendo, para mim que escrevo essas palavras...desejo o AMOR, assim, em maiúsculas, e nunca brigas, ofensas, discussões.
Mas, que a verdade seja buscada em todos os níveis pessoais, respondendo às próprias convicções e aí sim, sendo sinceras, possam promover a PAZ que começa dentro de cada um.
"Sonhos são como deuses: quando não se acreditam neles, deixam de existir." (P.Moska)
Estou impressionado com o poder curativo da auto-expressão! Mas é igual a remédio amargo!
Você toma agora, xingando e prendendo a respiração achando que vai até enjoar, mas esperando que lhe cure mais pra frente.
Tem que ter pulso, não é mole não!
Apesar da tarefa ser árdua e muitas vezes mal compreendida, as únicas verdades que podemos defender são aquelas em que acreditamos e colocamos em prática.
Se carregamos verdades que não são nossas, a verdadeira imagem do nosso ser, da nossa personalidade, não consegue se manifestar.
Como poderemos confiar em alguém, em nós mesmos inclusive, se a imagem que carregamos não está de acordo com nossas convicções?
É dureza. Muitas vezes para enfrentar a própria verdade, teremos que romper com pessoas que amamos e pagar um preço por isso. Geralmente, da incompreensão, de muitas cobranças. E certamente, umas reprimendas, obviamente a unanimidade vai passar longe!
Não gosto de ferir ninguém. Definitivamente. Minha cota de insultos e discussões é curta, acho que já gastei quase tudo na adolescência, lutando contra o mundo todo querendo ter razão ( e perdendo todas as lutas, claro!).
Passo boa parte do tempo tentando ser delicado com as pessoas que amo...e nem sempre consigo.Por isso mesmo, acho alto o preço a pagar pela verdade própria.
Dói em mim não conseguir agradar a todos por quem tenho apreço. Não consigo, mas queria muito.
Queria conseguir envolver tudo numa "nuvenzinha cor-de-rosa" e nunca desapontar aqueles que amo. Mas, eu não acredito nisso.
Então, como posso sustentar uma verdade que nem eu mesmo creio?
Estou com 40 anos. A idade limítrofe.
Verdades despencam na minha cabeça todos os dias, me testando, hora levantando as expectativas do futuro, hora reavaliando as ações do passado.
Mas ainda assim, e acho que cada vez mais, só poderei insistir nisso: buscar a verdade pessoal.
Pois não há uma verdade universal, uma que agrade a todos e promova somente a bonança.
Quem sabe, aprendendo a honrar as verdades próprias, não saberemos ser menos belicosos e também menos vulneráveis?
Meu desejo sincero, hoje, nesse dia presente, é o AMOR.
Se não tem cara, cheiro, trilha sonora de novela, de filme que acaba na cena do altar,bem...não é menos verdadeiro.
Aos amigos que ficam, aos amigos que vão...para vc que está lendo, para mim que escrevo essas palavras...desejo o AMOR, assim, em maiúsculas, e nunca brigas, ofensas, discussões.
Mas, que a verdade seja buscada em todos os níveis pessoais, respondendo às próprias convicções e aí sim, sendo sinceras, possam promover a PAZ que começa dentro de cada um.
"Sonhos são como deuses: quando não se acreditam neles, deixam de existir." (P.Moska)
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Por quê?
Tem coisas que não consigo entender.
Por mais que se tente, por mais que se explique.
Nada demais nisso, afinal, é assim para todo mundo.
Mas diante de uma distância que não se justifica, só posso abrir, rechear e concluir essa pequena "crônica" com um lacônico: por quê?
...
Por mais que se tente, por mais que se explique.
Nada demais nisso, afinal, é assim para todo mundo.
Mas diante de uma distância que não se justifica, só posso abrir, rechear e concluir essa pequena "crônica" com um lacônico: por quê?
...
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
One Safe Place...
Essa era a frase que minha amiga de infância abria hoje seu MSN.
Fui tomado de uma beleza poética e arrebatadora por ler, assim, tão simplesmente, esse recado quase sussurrado de sua doce fragilidade.
One safe place...one safe place...
Partilhei com ela da mesma fragilidade e desejo de proteção.
Não busquei coragem, nem luta, mas me entreguei.
Desejei o mesmo lugar seguro, perguntei a ela onde ficava, e se dividiria comigo, caso encontrasse.
Num ato de generosidade ela me acolheu em sua proteção. Assim, pelo caminho virtual das mensagens de texto via internet, me senti amado e pude partilhar de um lugar seguro.
Doce abraço de um lugar seguro e distante, onde não há espaço para armaduras e couraças.
Doce abraço que vem da infância, essa terra distante onde tudo é maior que nós e onde não há consciência do tempo, mas que não deixa saudades, apenas dos beijos das avós e dos sábados sem escola...
E, antes que me esqueça, como ela bem me lembrou, amanhã será sábado novamente!
Fui tomado de uma beleza poética e arrebatadora por ler, assim, tão simplesmente, esse recado quase sussurrado de sua doce fragilidade.
One safe place...one safe place...
Partilhei com ela da mesma fragilidade e desejo de proteção.
Não busquei coragem, nem luta, mas me entreguei.
Desejei o mesmo lugar seguro, perguntei a ela onde ficava, e se dividiria comigo, caso encontrasse.
Num ato de generosidade ela me acolheu em sua proteção. Assim, pelo caminho virtual das mensagens de texto via internet, me senti amado e pude partilhar de um lugar seguro.
Doce abraço de um lugar seguro e distante, onde não há espaço para armaduras e couraças.
Doce abraço que vem da infância, essa terra distante onde tudo é maior que nós e onde não há consciência do tempo, mas que não deixa saudades, apenas dos beijos das avós e dos sábados sem escola...
E, antes que me esqueça, como ela bem me lembrou, amanhã será sábado novamente!
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